
CAESE|CEAEDD
6 مارس 2025
IA para a educação: perturbações, dilemas e orientações
Entre 2 e 5 de setembro, o CAESE|CEAEDD esteve no Digital Learning Week 2025, na sede da UNESCO, em Paris, dedicado ao tema “IA e o futuro da educação: rupturas, dilemas e direções”. O encontro reuniu uma comunidade global de formuladores(as) de políticas, pesquisadores(as), educadores(as) e organizações — incluindo 30 ministros(as) da Educação — para debater como orientar a transformação digital com foco em direitos, qualidade e inclusão.
O que vimos de mais relevante
Mesa ministerial e plenárias marcaram o tom do evento: governança responsável de IA, riscos de vieses, transparência e preservação da agência de professores(as) e estudantes. Destaques incluíram a abertura com Stefania Giannini (UNESCO) e a aula pública de Emily M. Bender sobre os limites e promessas da IA na educação.
Ministros(as) em diferentes painéis trouxeram perspectivas nacionais sobre currículo, avaliação e equidade — com presenças, por exemplo, de Índia (Dharmendra Pradhan) e Malásia (Fadhlina Sidek); Omã, Chile, Luxemburgo e Reino Unido; e debates sobre inclusão com representantes de Namíbia, Marrocos, Senegal e Gana.
Educação em emergências, direitos humanos e IA, agência docente, dados e explicabilidade, e futuro do trabalho/TVET foram fios condutores nas sessões paralelas e workshops.
Recursos Educacionais Abertos (REA) surgiram como bens públicos digitais estratégicos para a inclusão e a qualidade, conectando-se às recomendações e declarações recentes da UNESCO.
Um dado que nos impactou: 2/3 das instituições de ensino superior já têm (ou estão criando) orientações para uso de IA — reforçando a urgência de políticas claras, formativas e participativas. Nosso compromisso com a pauta
À luz desses debates, o CAESE|CEAEDD reforça compromissos práticos para 2025–2026:
Política institucional de IA: consolidar diretrizes de uso responsável (ética, segurança, proteção de dados, transparência) nos nossos cursos e programas e apoiar as instituições que querem incorporar políticas sobretudo de ensino e pesquisa em suas agendas.
Formação docente contínua: implementar trilhas de desenvolvimento sobre avaliação em tempos de IA e letramento de dados/algoritmos.
OER como padrão: priorizar Recursos Educacionais Abertos em projetos e parcerias, alinhados à visão de bens públicos digitais.
Foco em equidade: incorporar recortes de gênero, vulnerabilidade social e educação em situações de emergência na concepção de soluções digitais.
Diálogo com tomadores(as) de decisão: seguir contribuindo com redes ministeriais e acadêmicas que discutem currículo, avaliação e governança da IA.
Seguiremos colaborando com parceiros(as) e comunidades para transformar recomendações em práticas concretas, sempre com a pergunta-guia do evento: como garantir que a IA sirva à educação, e não o contrário?
Estamos preparando nossas discussões pós-evento para apresentar materiais em língua portuguesa bem como para preparar pesquisadores e decisores para o “Digital Transformation Dialogue 2026” na UNESCO em 10 de março de 2026. Interessados em aprofundar-se nesse diálogo acompanhe nosso projetos.
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